Curvas da estrada de Santos.

20:50


A felicidade é meio curiosa, estou sempre em busca dela e quando a consigo, quero logo ficar triste para conseguir escrever textos, sim a tristeza me inspira, devia ser o contrário. Eu não estou triste, mas estava com saudade de escrever. Hoje percebi que boa parte dos meus amigos estão felizes, será que sou eu, ou o mundo fica mais feliz quando estou feliz?

Eu nunca escrevi sobre um assunto em particular, e acho que a situação em que me encontro é perfeita para falar sobre isso. Eu nunca escrevi sobre mim, para mim. Já escrevi sobre o que sentia, mas o que é escrever o que sente, sem saber o que é isso? Digamos que eu estou num ponto de felicidade máxima, onde a maioria das coisas só vão bem, como diria Augustus Waters "Estou numa montanha-russa que só vai para cima", ou mais profundo e metafórico ainda, temos o Charlie dizendo "Estou me sentindo infinito.", tá eu não cheguei nesse estágio do meu câncer de felicidade, doença contagiosa. E não precisa ter cuidado, é uma doença sem cura, quem sabe essa doença seja a cura. Acho que ando lendo poucos livos. 

Felicidade é relativo, o meu feliz é diferente do seu, e vice-versa. Frio na barriga. Pego meu celular, vejo o por do Sol, tiro fotos contra-Sol. Vou no cinema. Escrevo redações. Ouço música no máximo. Pego meu cardigã e saio de casa, vou tentar ser feliz. Volto para casa, e descubro que irei a São Paulo. A estrada reta da Imigrantes e as curvas da Anchieta só me lembram que, cada vez mais, estou chegando perto da minha cidade. De um escuro de certas ruas quebradas, surge uma avenida que ilumina o carro, mas também a minha esperança, cheguei na Paulista. Meus olhos se iluminam, e não é só pela luz que vem de fora, cai uma lágrima do meu olho. As pessoas na rua parecem mais felizes. E eu achava que amava uns certos príncipes-sapos, mas eu só precisava voltar pra capital, e ver que era ela que eu amava.

Volto para Santos, e no meio da descida da Anchieta, um trecho em especial (onde mostra a cidade de Santos) me faz lembrar que, por mais curto ou longo seja o tempo que eu esteja fora, a nossa casa sempre vai nos deixar com o coração apertado de saudade. São Paulo pode até me dar toda essa emoção, mas dizer que Santos não me faz bem, é uma certa mentira.

Mas, prefiro não dizer isso.




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